Eu admito, não foi fácil. Eu já fui errado, já me importei. Já tentei argumentar. Já falei “eu só acho que” e defendi alguma efemeridade qualquer. Mas passou. Agora, não só gosto, como adoro essa história de que hetero-homem-branco não tem que dar opinião em nada.
Ao entrar na faculdade, no furor da juventude, somos tomados por um vigor, uma disposição incrível de argumentar e se fazer ouvir. Fomos aprisionados em regras obscuras durante toda a adolescência e experimentamos, alguns, a liberdade de pensamento pela primeira vez.
Nos perdemos em duelos retóricos, muitos rasos, por pessoas rasas ou por argumentos rasos. Alguns não. Alguns são incríveis, construtivos, edificantes. Nos dão uma euforia danada, o coração bate acelerado, as teclas são batidas desenfreadamente, enviamos mensagens sem nem reler direito (e pensamos, merda!, reler teria evitado tanta coisa…).