Tiger Really é o projeto musical de Lian Shao e desponta como uma das grandes promessas da cena emo de Vancouver. Numa cena musical dominada pelo indie praiano, Lian apresenta um rock bem característico: emo, voz áspera, riffs de guitarra e alguma dose de jazz.
Inspirado tanto pelos clássicos do Midwest Emo, como American Football e Free Throw, quanto pelo tempo de Shao no UBC Jazz Club, a produção de Tiger Really mostra as melhores partes de ambos os gêneros. As referências começam em Miles Davis e Chet Baker e chegam até as explosões sonoras de My Chemical Romance.
“Eu gosto de riffs de guitarra complicados e assinaturas de tempo estranhas, mas não sou inteligente o suficiente para entrar no math rock completo e puro. O emo realmente ajudou a unir tudo para mim”, explica. “É por isso também que eu gosto de jazz. As restrições me dão um pouco mais de estrutura para trabalhar.”
Swan Sting, novo álbum da Tiger Really
Lançado pela Counter Intuitive Records, mesmo selo de Macseal e Origami Angel, Swan Sting já começa com a animada “Dry Heave”, que viralizou no TikTok e trouxe alguns plays pro artista.
“Alguns temas comuns no álbum incluem coisas como desgosto, anseio, dismorfia corporal, o desejo de mudar e a tristeza de não poder fazer isso. Achei que esses temas combinavam perfeitamente com a ideia de um cisne, então me apeguei à ideia de transformar isso em um álbum conceitual.”, diz o cantor em seu site oficial.
Lidando com o amor e toda a dor que ele pode trazer, Swan Sting mostra cenas de um relacionamento que começa fadado ao fracasso. Origamis e flores são algumas das metáforas mais utilizadas. Também fala com Sadako, a garota que fazia dobraduras e desapareceu.
Os grandes destaques de Swan Sting vão para a divertida “Origami Waste” e os riffs dançantes de “Fundamentally Unlovable”. “Again” é uma triste e linda canção soturna.
“Eu sempre quis tentar escrever algo que só eu pudesse escrever”, pondera Shao. “É um esforço muito pessoal: como se eu estivesse escrevendo um diário, e apenas tentando escrever como me sinto, para documentar algo que aconteceu comigo ou uma emoção que senti.” (Fonte: Straight)